“Raparigas na Ciência”: Um livro de “sonhos” e selfies de 115 alunas

Livro “Raparigas na Ciência”, em que 115 alunas partilham sonhos e selfies, teve o seu lançamento no Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência. O evento decorreu no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

"Raparigas na Ciência": Um livro de “sonhos” e selfies de 115 alunas. Foto: DR

Gosto da Ciência porque é a resposta do como e do porquê de tudo o que acontece no nosso universo” e a “A ciência é uma forma de evolução.” Estas são duas das afirmações de 115 alunas que partilham “sonhos” e selfies no livro “Raparigas na Ciência”.

O livro “Raparigas na Ciência” foi lançado no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, no dia 11 de fevereiro, por ocasião da comemoração do Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência. A iniciativa teve como objetivo celebrar as muitas raparigas que têm uma visão própria da ciência, que querem saber mais e fazer descobertas que impactem a vida dos outros. Uma iniciativa que envolveu conversas e demonstrações de experiências, e que contou com a presença de três alunas, que a convite do Centro de Ciência Viva de Alviela deram testemunho da sua relação com a ciência.

“A ciência é uma forma de evolução.” A frase é de Mariana Farinha, aluna da Escola Básica da Zona Verde – Entroncamento (4º ano EB), e que resume a experiência que tem vindo a ter com a descoberta de novos saberes, e que também explica desta forma: “Gosto da Ciência, ela é importante para mim porque permite resposta a muitas das nossas perguntas e ajuda a melhorar a nossa qualidade de vida através dos estudos e tecnologia.”

“Gosto da Ciência porque é a resposta do como e do porquê de tudo o que acontece no nosso universo.” A afirmação é de Madalena Farinha, irmã gémea de Mariana. A aluna acrescentou que é através ciência que consegue “descobrir a razão” do que se encontra à sua volta “e também dos fenómenos naturais que às vezes acontecem, sismos, furacões.”

Leonor Nascimento da Escola Básica Dr. Ruy D’Andrade (6º ano EB) relevou que ciência lhe desperta a curiosidade em “saber mais sobre determinados temas” e “descobrir como as coisas funcionam”, e que cada experiência faz-lhe surgir novas perguntas.

No evento, que decorreu no auditório Mariano Gago, participou Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e onde estiveram presentes alguns elementos do Afghanistan National Institute of Music, que a Ciência Viva apoiou doando 10% da receita de bilheteira do mês de fevereiro de 2022 e com instrumentos musicais doados pela comunidade na Loja do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. O Afghanistan National Institute of Music é reconhecido como a instituição que trouxe a música de volta ao Afeganistão, restaurando e garantindo os direitos musicais do povo afegão que lhes tinham sido retirados durante um anterior período talibã.

Em comunicado o Centro de Ciência Viva de Alviela lembra que o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, assinalado a 11 de fevereiro, surgiu como uma forma de apoiar e promover o acesso das mulheres e raparigas à educação, formação e atividade de investigação científica, tecnológica, de engenharia e matemática. A ideia de criar esta comemoração surgiu no “World Women’s Health and Development Forum“, organizado pelo Royal Academy of Science International Trust e pelo Departamento dos Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas, em fevereiro de 2015. Foi instituída mais tarde, através da Resolução 70/212 da Assembleia Geral das Nações Unidas, a 22 de dezembro de 2015. Em 2022, a iniciativa é subordinada ao tema “Equidade, Diversidade, e Inclusão: A Água une-nos” (Equity, Diversity, and Inclusion: Water Unites Us).