
No exercício marítimo da OTAN, o REPMUS’25, o terminal de comunicação laser POLARIS da Astrolight manteve uma ligação navio a navio à prova de interferências, mesmo sob chuva e nevoeiro, a distâncias limitadas pelo horizonte. Um recurso que revelou ser uma solução segura e indetetável para ambientes com silêncio rádio e sem GPS.
Durante o REPMUS’25, os terminais laser POLARIS da Astrolight, empresa lituana de tecnologia espacial e de defesa, mantiveram uma ligação laser estável, à prova de interferências e com horizonte limitado, entre as duas embarcações portuguesas envolvidas na missão: o NRP Dom Francisco de Almeida e o NRP Dom Carlos I. A comunicação não foi detetada por qualquer sensor dos outros navios, drones e meios terrestres participantes.
“Com os ataques persistentes e crescentes de interferência de GPS em territórios da OTAN, precisávamos de testá-la em condições reais o mais rapidamente possível. Os resultados do exercício mostraram que a nossa tecnologia laser é uma alternativa fiável e operacional à comunicação baseada em radiofrequência – agora é altura de escalar“, afirmou, citado em comunicado, Dalius Petrulionis, CTO e cofundador da Astrolight, que liderou os testes do POLARIS no mar.
Nos testes realizados, os terminais da Astrolight também transmitiram gigabytes de dados com latências e velocidades que permitem mais de 10 transmissões de vídeo HD simultâneas e em tempo real, mesmo com chuva e nevoeiro, durante o dia e a noite.
“A equipa da Astrolight passou duas semanas a viver e a trabalhar com a Marinha Portuguesa a bordo de dois dos seus navios, instalando os seus terminais laser POLARIS. Estabeleceram comunicações laser indetetáveis entre navios, superando as suas metas iniciais em 200% e provando que experiências inéditas podem ser melhores do que o planeado quando a tecnologia está bem desenvolvida”, partilhou o Acelerador de Inovação em Defesa da NATO para o Atlântico Norte (DIANA) nas suas redes sociais.
É conhecido que o bloqueio é um problema grave no mar, pois pode distorcer a navegação por satélite, confundir os visores de radar e de seguimento de navios e interromper as comunicações de rádio e satélite. Nestes casos, refere a Astrolight, as tripulações recorrem a métodos de reserva menos seguros, como rádios ruidosos ou lâmpadas de sinalização, que aumentam a assinatura eletromagnética de um navio e facilitam a sua deteção.
“A participação no REPMUS’25, o maior exercício naval da OTAN, representa um marco importante para os inovadores do programa OTAN DIANA. Uma oportunidade para as empresas demonstrarem o valor de soluções num contexto operacional”, afirmou afirmou James Appathurai, Diretor Executivo do OTAN DIANA.













