Web Summit: Faltam mulheres líderes para impulsionar a economia digital

A vice-presidente da Huawei, Catherine Chen, defendeu hoje, na Web Summit, que na era digital são necessárias mais mulheres líderes. As mulheres possuem o poder “inovador de impulsionar a economia digital”.

Web Summit: Faltam mulheres líderes para impulsionar a economia digital
Web Summit: Faltam mulheres líderes para impulsionar a economia digital. Foto: Rosa Pinto

Catherine Chen, vice-presidente da Huawei, na sua intervenção na Web Summit 2020, abordou a importância do equilíbrio entre géneros na construção de uma economia digital diversificada e inclusiva, e sublinhou a importância da educação como fator-chave na capacitação das mulheres na indústria de tecnologia.

A responsável da tecnológica chinesa alertou para a necessidade de haver mais líderes femininas, dado o poder único e inovador de impulsionar a economia digital. Catherine Chen considerou a necessidade de se alcançar o equilíbrio entre os géneros na indústria de tecnologia, e referiu: “A igualdade de género não significa que mulheres e homens partilhem das mesmas mentalidades e comportamentos. Trata-se, sobretudo, de ter as mesmas oportunidades e os mesmos direitos que só podem provir de uma sociedade mais inclusiva, diversa e saudável.”

As mulheres representam quase metade dos cinco mil milhões de trabalhadores entre a população mundial, mas somente cerca de metade faz parte do mercado laboral. Apenas cerca de 20% a 30% da mão-de-obra na indústria de Tecnologias de Informação e Comunicação e apenas 7,4% dos CEO da Fortune Global 500 são mulheres. “Na era digital, não precisamos só de mais mulheres representadas na indústria, precisamos, sim, de mais mulheres líderes”, referiu Catherine Chen.

A responsável da Huawei indicou três fatores-chave para que as mulheres alcancem esse objetivo, em primeiro lugar, a importância de haver políticas de apoio para as mulheres, tais como os objetivos e as diretrizes alinhavados na Estratégia da União Europeia para a Igualdade de Género 2020-2025. Em segundo lugar, as próprias mulheres precisam de rejeitar os estereótipos de que a indústria de tecnologia é demasiado insensível ou demasiado difícil para o género feminino, e em terceiro lugar, a educação/formação em competências digitais para capacitar as mulheres para lhe oferecer “mais oportunidades e as ajudar a obter as competências básicas de que necessitam para competirem na economia digital”.

A vice-presidente da Huawei indicou que a empresa está disposta a trabalhar com os seus parceiros para lançar as sementes do futuro, promovendo a educação no campo da Ciência, Tecnologia, Engenharia e da Matemática.

A Huawei dispõe de programas, como o ICT Academy (programa implementado em Portugal em 2020), ou o DigiTruck no Quénia e Digital Training Buses no Bangladesh, Iniciativas que estão a ajudar a mitigar a divisão digital um pouco por todo o mundo. Por isso, concluiu a Catherine Chen: “Esperamos que surjam mais mulheres brilhantes na indústria de tecnologia para um futuro mais igual, aberto e diverso”.