Acordo facilita participação da Ucrânia no Fundo Europeu de Defesa

Acordo facilita participação da Ucrânia no Fundo Europeu de Defesa
Acordo facilita participação da Ucrânia no Fundo Europeu de Defesa. Foto: Rosa Pinto

O Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia alcançam acordo político sobre a entrada da Ucrânia como associada ao Fundo Europeu de Defesa, no valor de 7,3 mil milhões de euros. Para a Comissão Europeia trata-se de um importante passo na cooperação UE-Ucrânia no domínio da defesa e no reforço da segurança coletiva e da resiliência industrial da Europa.

O acordo, que abre caminho para a integração gradual da Ucrânia na base tecnológica e industrial de defesa europeia, faz parte de um pacote legislativo mais vasto para impulsionar o investimento relacionado com a defesa no âmbito do orçamento da UE, o chamado “miniomnibus”.

Para a Comissão Europeia, isto irá tornar os programas da UE mais flexíveis e mais bem alinhados para apoiar a base tecnológica e industrial de defesa da Europa, a inovação e as infraestruturas, da mobilidade militar às tecnologias de dupla utilização.

O que é um elemento fundamental na execução do Plano ReArm Europe e um complemento direto da revisão intercalar da política de coesão e do Omnibus sobre a prontidão em matéria de defesa. Isto constitui um novo marco no reforço da cooperação com a Ucrânia e os seus ecossistemas industriais de defesa.

Os colegisladores europeus acordaram provisoriamente em alargar o âmbito da STEP de modo a abranger as tecnologias de defesa e permitir que o Acelerador do Conselho Europeu de Inovação apoie a inovação no domínio da dupla utilização e da defesa.

Por outro lado, refere a Comissão Europeia, o Programa Europa Digital será também alargado às aplicações de dupla utilização, enquanto o Mecanismo Interligar a Europa será adaptado para apoiar melhor os investimentos na mobilidade militar. O regulamento altera igualmente o Fundo Europeu de Defesa, para melhor apoiar o desenvolvimento da indústria europeia da defesa e permitir um apoio mais ágil às tecnologias disruptivas no domínio da defesa.

Esta nova legislação complementa a revisão intercalar da política de coesão da Comissão Europeia, que entrou em vigor em 19 de setembro de 2025 e que prevê um conjunto de flexibilidades para incentivar os Estados-Membros a realizarem uma reprogramação significativa para várias prioridades, incluindo a defesa e a competitividade.