Na abertura do Primeiro Fórum de Investimento União Europeia-Brasil, em São Paulo, no Brasil, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que “a União Europeia é hoje o segundo maior parceiro comercial do Brasil. As empresas europeias são o maior investidor estrangeiro aqui no Brasil e a União Europeia é o primeiro destino do investimento empresarial brasileiro no estrangeiro.”
António Costa indicou que “uma dinâmica de aproximação que se traduziu num crescimento de 65 % no comércio bilateral nos últimos 5 anos. As empresas europeias, ao investirem no mercado brasileiro, estão à frente das norte-americanas, estão à frente das chinesas, estão à frente de outras geografias, representando 39 % do stock de investimento estrangeiro aqui no Brasil. Desde 2020, o investimento direto da União Europeia no Brasil cresceu 11 % ao ano.”
De acordo com os números “o Brasil é, por isso, hoje o quarto maior destino de investimento direto da União Europeia. E, por seu lado, a União Europeia é o principal destino de investimentos brasileiros no estrangeiro e representa 35 % do total de investimento direto estrangeiro do Brasil. A União Europeia é ainda o segundo maior destino de produtos manufaturados brasileiros, o que reforça a importância estratégica do mercado consumidor europeu para o setor industrial do Brasil.”
Sobre o Acordo União Europeia-Mercosul que foi assumido em dezembro de 2024 mas que tem vindo a merecer alguma oposição na União Europeia, António Costa referiu que “consolidará a maior zona de comércio livre à escala global, representando mais de 20% do PIB mundial e beneficiando 720 milhões de cidadãos. Ao eliminar 90% das tarifas aduaneiras, este acordo reforçará as duas regiões como epicentro geoeconómico do comércio e de investimentos globais. A Apex Brasil estima que as exportações do Brasil para a Europa possam crescer 10 % no espaço de 4 anos, fruto do desagravamento aduaneiro de mais de 240 produtos.”