
A Comissão Europeia através da Alta Representante e Vice-Presidente, Kaja Kallas, e da Comissária para o Alargamento, Marta Kos, afirmou que “a eleição fraudulenta de hoje (26 de janeiro) na Bielorrússia não foi nem livre nem justa.”
Numa declaração conjunta, Kaja Kallas e Marta Kos, referem que “o povo da Bielorrússia merece ter uma voz ativa na decisão de quem governa o país”, e que na Bielorrússia o processo eleitoral não tem qualquer legitimidade, dada “a repressão implacável e sem precedentes dos direitos humanos, as restrições à participação política e o acesso aos meios de comunicação independentes na Bielorrússia”.
As duas responsáveis da Comissão Europeia instaram o regime da Bielorrússia “a libertar imediata e incondicionalmente todos os presos políticos, mais de mil dos quais estão detidos arbitrariamente, incluindo um funcionário da Delegação da União Europeia.”
A Bielorrússia convidou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa/Gabinete das Instituições Democráticas e dos Direitos Humanos, para acompanhar o processo eleitoral. No entanto a posição da União Europeia (UE) é de que o convite foi feito apenas 10 dias antes das eleições o que impediu que este organismo independente tivesse acesso “a etapas importantes do processo eleitoral”, o que consideram ser “mais uma prova da total ausência de credibilidade destas eleições.”
Em face da situação “a UE continuará a impor medidas restritivas e específicas contra o regime” da Bielorrússia, e “a apoiar ao mesmo tempo financeiramente a sociedade civil e as forças democráticas bielorrussas”. Mas quando a Bielorrússia tiver uma mudança de regime que vá ao encontro do que é considerada, pela UE, uma transição democrática, então “a UE estará pronta para ajudar o país a estabilizar a sua economia e a reformar as suas instituições.”