Dieta mediterrânica atrasa envelhecimento

Dieta mediterrânica pode atrasar o envelhecimento. Os níveis de benefícios para a saúde ainda não estão todos bem definidos, mas investigadores de seis estudos, agora publicados, encontraram evidências dos benefícios.

Dieta mediterrânica atrasa envelhecimento
Dieta mediterrânica atrasa envelhecimento. Foto: Rosa Pinto

Estudos agora publicados concluem haver correlações entre a dieta mediterrânica e o envelhecimento saudável. No entanto, os seis estudos apontam para a necessidade de uma abordagem cuidadosa para medir os graus de benefícios potenciais da dieta.

Novos estudos indicam haver uma relação positiva entre a dieta mediterrânica e a função física e cognitiva, o valor a tomar de um suplemento de coenzima Q10 enquanto adota a dieta, e o papel da dieta na redução da inflamação.

Alguns estudos apontam que o nível de medição do benefício para a saúde foi dependente da forma como foi medida a adesão à dieta. Os estudos estão publicados na Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, do The Journals of Gerontology, de março.

Michelle A. Mendez, epidemiologista nutricional, da Escola de Saúde Pública Global da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, indicou que é exigida “uma maior clareza sobre como a dieta é definida, tanto nas intervenções como nos estudos observacionais, isto é fundamental para que se alcance um consenso sobre como otimizar a dieta padrão para maximizar o envelhecimento saudável.”

A dieta mediterrânica deve incluir:

variedade de grãos e leguminosas integrais minimamente processados ​​como alimento básico;

muita diversidade de vegetais frescos a consumir diariamente;

frutas frescas como a típica sobremesa diária;

azeite extra-virgem produzido a frio, nozes e sementes como principal fonte de gordura;

peixe em dose moderada;

laticínios em pequenas quantidades;

carne vermelha e processada em quantidades e frequência muito baixas;

e vinho em quantidades baixas e apenas com as refeições.

Há várias escalas usadas para medir a adesão à dieta. Um dos estudos, que foi conduzido por investigadores da Universidade de Paris 13, indica que entre as pessoas envolvidas no teste, os que apresentaram o índice mais altos de Adesão à Dieta Mediterrânica também estavam associados a maiores probabilidades de cumprir certos critérios de envelhecimento saudável.

O outro estudo realizado por investigadores da Universidade Autónoma de Madrid, concluiu que uma adesão mais próxima à dieta está associada a uma menor probabilidade das pessoas adultas mais velhas apresentarem menor capacidade da função física.

O mecanismo exato que leva a que uma maior adesão à dieta exerce efeitos mais favoráveis na saúde é desconhecido para os cientistas. No entanto, num dos novos estudos, investigadores da Universidade de Washington, no estado de St. Louis, estão acumular evidências de cinco benefícios importantes que são induzidas pela dieta padrão Mediterrânea.

Os benefícios da dieta mediterrânea incluem:

redução lipídica;

proteção contra stresse oxidativo e inflamação;

modificação de fatores de crescimento que podem promover o cancro;

inibição de vias de deteção de nutrientes por restrição de aminoácidos;

e produção de metabólitos mediada por macrobiota intestinal.