Exposição repetida ao stress aumenta risco de doenças

Exposição repetida ao stress leva a risco aumentado de várias condições, como: suicídio, pânico, ansiedade, medos, fobias, traumas psicológicos, disfunções sexuais e outros transtornos. A UPPC lançou consulta inovadora para prevenir o stress.

Exposição repetida ao stress aumenta risco de doenças
Exposição repetida ao stress aumenta risco de doenças. Foto: DR

Numa sociedade altamente competitiva e onde as mudanças organizacionais e comportamentais estão em permanente mudança, as pessoas estão cada vez mais sujeitas a stress. A um stress físico e psicológico que vai fragilizando as pessoas no seu dia-a-dia.

A prevenção contra um risco agravado devido ao stress torna-se hoje fundamental, pelo que a Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra (UPPC) indicou que passou a disponibilizar uma consulta exclusivamente dedicada ao stress, com “o objetivo de ensinar as pessoas a lidar com este problema, através de uma abordagem de tratamento estruturado e multidisciplinar”, ou seja, “por psicologia clínica e da saúde, psiquiatria e psicoterapia.”

Para Fernando Pocinho, psicólogo responsável pela consulta, “a exposição repetida ao stress está, frequentemente, associada a um risco aumentado de sintomatologia depressiva, risco de suicídio, transtornos mediados pela ansiedade, como perturbação de pânico, ansiedade generalizada, medos e fobias”, bem como “problemas de alcoolismo, stress no trabalho, adição a benzodiazepinas, trauma psicológico, disfunções sexuais e outros transtornos do comportamento ligados a sofrimento psíquico, ou surgimento de alguns sintomas físicos sem causa orgânica aparente”.

Fernando Pocinho referiu, citado em comunicado: “Reconhece-se que o stress crónico pode comprometer a saúde, bem-estar, produtividade, rendimento intelectual, capacidade de adaptação e de resolução de problemas do ser humano. Porém, dados da investigação e da observação clínica sugerem que nem todo o stress prejudica a saúde do indivíduo, no entanto ele é um dos fatores que contribuiu para o desenvolvimento e manutenção da doença”.

“A evidência científica sugere que as circunstâncias potencialmente indutoras de stress podem ser de natureza física, psicológica ou social, num determinado contexto de vida, cujas consequências permitem gerar dois tipos diferentes de reação: stress benéfico e stress prejudicial, observando-se que o stress muito intenso e prolongado faz surgir emoções, causa modificações no comportamento observável e interfere com processos cognitivos e biológicos”, concluiu o psicólogo.

A UPPC indicou em comunicado que a consulta “destina-se a intervir em contextos clínicos e de saúde mental”, e os objetivos essenciais da consulta consistem “em ensinar aptidões de coping a todos os indivíduos com transtornos psicológicos e comportamentais, como perturbações mediadas pelo stress, incluindo o stress profissional prolongado ou crónico, ansiedade e disfunções associadas, ou com problemas de vida que os tenham levado a um estado de descompensação emocional.”

A UPPC é uma unidade de saúde que opera ao nível do “bem-estar da população através da oferta de cuidados de saúde, de atividades de formação e de investigação, na área da Psiquiatria e saúde mental, de acordo com padrões de referência internacionais.“