Funcionários de Agência da ONU em Gaza são tratados de forma desumana por Israel

Funcionários de Agência da ONU em Gaza são tratados de forma desumana por Israel
Funcionários de Agência da ONU em Gaza são tratados de forma desumana por Israel. Foto: © ONU

Philippe Lazzarini, Comissário-Geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) deu a conhecer através da rede social X um testemunho de um funcionário da Agência que foi detido pelos israelitas na Faixa de Gaza.

“Queria que a morte acabasse com o pesadelo que estava a viver”, um “terrível testemunho” do funcionário que foi detido em Gaza, “torturado enquanto estava sob custódia israelita e finalmente libertado”.

O Comissário-Geral refere que “para a equipa da UNRWA, o dever humanitário é recebido com brutalidade”, e descreve que “desde o início da guerra, em outubro de 2023, mais de 50 funcionários da UNRWA, entre professores, médicos e assistentes sociais, foram detidos” e lhes retirados todos os direitos.

“Foram tratados da forma chocante e desumana. Relataram ter sido espancados e usados ​​como escudos humanos”, “sujeitos a privação de sono, humilhação, ameaçados de violência contra eles e contra as suas famílias e de ataques de cães”, e “muitos foram sujeitos a confissões forçadas.”

“Isto é nada menos que angustiante e ultrajante”, referiu Philippe Lazzarini, que acrescentou: “Os trabalhadores humanitários não são um alvo. O seu sofrimento não deve ser ignorado. Deve haver justiça e responsabilização pelos crimes e violações do direito internacional cometidos na Faixa de Gaza.”

“A justiça para aqueles que servem na linha da frente humanitária não é uma opção, é uma obrigação”, concluiu o Comissário-Geral da UNRWA.