Laboratórios da Universidade de Aveiro realizam testes COVID-19

Laboratórios da Universidade de Aveiro estão a realizar testes de rastreio à COVID-19, com as amostras biológicas são recolhidas nos hospitais da região de Aveiro. Os laboratórios têm capacidade de realizar 200 testes diários.

Laboratórios da Universidade de Aveiro realizam testes COVID-19
Laboratórios da Universidade de Aveiro realizam testes COVID-19. Foto: © Rosa Pinto

A Universidade de Aveiro (UA) criou nos últimos seis anos um conjunto de novos laboratórios de Medicina Molecular, incluindo laboratórios para o estudo de vírus respiratórios. Recentemente a Universidade trabalha num projeto na área da virologia em parceria com as Universidades de Leiden e de Munique. O projeto é financiado pela União Europeia no valor de 900 mil euros.

Artur Silva, Vice-reitor da UA para a área da Investigação referiu que os novos laboratórios do Departamento de Ciências Médicas (DCM), criados no âmbito do plano de desenvolvimento do Instituto de Biomedicina (iBiMED), “reúnem as condições recomendadas pela Organização Mundial de Saúde para a realização de testes de rastreio do SARS-CoV-2”, e por isso têm vindo a apoiar a comunidade com a realização de testes desde o início de abril.

A UA indicou que os testes estão a ser realizados em quatro laboratórios com nível de biossegurança elevado (BSL2), com pressão negativa, ar filtrado com filtros HEPA, câmaras de fluxo laminar de nível de segurança BSL2 e sistemas de esterilização por UV. “Estes laboratórios têm ainda um sistema de esterilização térmica de material biológico que garante a destruição dos consumíveis, reagentes e amostras biológicas usadas no laboratório”, referiu Artur Silva.

Os investigadores do iBiMED que utilizam estes laboratórios são sujeitos a um exame de biossegurança e a treino específico, havendo, por esta razão, “recursos humanos treinados para a realização de investigação em ambientes de elevada biossegurança”, lembrou Artur Silva.

A UA explicou ainda que uma vez que o vírus SARS-CoV-2 pode ser inativado quimicamente no momento da recolha das amostras biológicas nos hospitais da região, e dado que os equipamentos de processamento automático de amostras clínicas existentes nos laboratórios reduzem ao máximo a exposição dos investigadores ao SARS-CoV-2, foi possível criar um circuito fechado para a circulação dos investigadores e de amostras clínicas e que existem kits de proteção dos investigadores, pelo que a biossegurança está garantida pela UA.

Os ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, da Coesão Territorial e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, visitam os laboratórios da UA que estão a realizar os testes COVID-19, no dia 17 de abril para se inteirarem dos trabalhos e curso.