Tom Fletcher, Subsecretário-Geral para os Assuntos Humanitários e Coordenador de Socorros de Emergência, das Nações Unidas, em declaração, feita hoje, refere que “há dois meses, as autoridades israelitas tomaram a decisão deliberada de bloquear toda a ajuda a Gaza e interromper os nossos esforços para salvar os sobreviventes da sua ofensiva militar.”
A justificação de Israel para a adoção da política de impedimento de ajuda humanitária é pressionar o Hamas, o que é para Tom Fletcher claro, e afirma que “os reféns devem ser libertados agora. Nunca deveriam ter sido tirados às suas famílias”.
No entanto, Tom Fletcher afirma que “o direito internacional é inequívoco: enquanto potência ocupante, Israel deve permitir a entrada de apoio humanitário. A ajuda, e as vidas civis que ela salva, nunca devem ser moeda de troca”.
“Bloquear a ajuda deixa os civis com fome. Isto deixa-os sem suporte médico básico. Despoja-os de dignidade e esperança. Inflige um castigo coletivo cruel. Bloquear a ajuda mata”, acrescenta o Subsecretário-Geral para os Assuntos Humanitários, da ONU.
“O movimento humanitário é independente, imparcial e neutro” afirma este responsável da ONU, e acrescenta: “Acreditamos que todos os civis são igualmente dignos de proteção.”
Mas, assume Tom Fletcher “continuamos prontos para salvar o máximo de vidas possível, apesar dos riscos. Mas, como o Secretário-Geral da ONU deixou claro, a última modalidade proposta pelas autoridades israelitas não cumpre os padrões mínimos de apoio humanitário”.
O Subsecretário-Geral para os Assuntos Humanitários, da ONU, faz um apelo “às autoridades israelitas e àqueles que ainda conseguem argumentar com elas, voltamos a dizer: levantem este bloqueio brutal. Deixe que os humanitários salvem vidas.”
“Para os civis que ficaram desprotegidos, nenhum pedido de desculpas é suficiente. Mas lamento muito que não consigamos mobilizar a comunidade internacional para travar esta injustiça. Não desistiremos, mesmo que o mundo tenha dado todos os motivos para que desistisse de nós”, conclui Tom Fletcher.