PSD quer audição urgente do Ministro da Educação no Parlamento

Falta de computadores, capacitação de professores em ferramentas digitais, produção de conteúdos digitais e ferramentas para o acompanhamento dos alunos, são algumas das questões que o PSD quer ver esclarecidas pelo Ministro da Educação no Parlamento.

PSD quer audição urgente do Ministro da Educação no Parlamento
PSD quer audição urgente do Ministro da Educação no Parlamento. Foto: © Rosa Pinto

Em comunicado o PSD indica que o Grupo Parlamentar entregou hoje um requerimento para que seja realizada uma audição ao Ministro da Educação pela Comissão de Educação, Ciência, Desporto e Juventude, com a maior urgência possível.

No documento, o PSD relembra que “na sequência do agravamento das condições sanitárias, o Governo decretou a suspensão das atividades letivas e não letivas pelo período de 15 dias, a partir do dia 22 de janeiro e, pelo menos, até ao dia 5 de fevereiro de 2021. O confinamento da comunidade escolar e a interrupção das aulas presenciais não foi de imediato colmatada, contrariamente ao que seria expectável e ao que foi prometido, com o ensino à distância, mas com umas férias ‘forçadas’ que ditarão o reajustamento do calendário escolar. Ao que parece, e segundo várias notícias de hoje, ‘para que as escolas possam preparar as aulas online.’”

Em maio de 2020, o Ministro da Educação, em entrevista ao Público, tinha plena consciência de que tal pudesse vir a acontecer ao afirmar que “temos de nos preparar para em setembro – ou não em setembro, mas se calhar em outubro, ou novembro — termos o que os ingleses designam por ‘b-learning’, uma conjugação entre ensino à distância e ensino presencial”.

Para o PSD “oito meses depois, o país deveria estar preparado para enfrentar o cenário possível e provável de um novo confinamento forçado da comunidade escolar. Mas, ao que parece, não está. Os Diretores das escolas queixam-se da falta de 300 mil computadores e de técnicos de informática. A capacitação dos docentes em ferramentas digitais ainda não teve início. A produção de conteúdos específicos e de ferramentas adicionais para o acompanhamento dos alunos não saiu do papel. Um conjunto de bloqueios e falhas estruturais e graves que não poderão ser contornas ou resolvidas em apenas duas semanas”.

Os social-democratas concluem ao perguntar o mesmo que “todos os diretores, os professores, os alunos e toda a comunidade educativa” pois querem saber “o que é vai acontecer a partir do dia 5 de fevereiro se o confinamento se mantiver? Qual o plano do governo para que as escolas garantam o ensino a todos os alunos e ninguém fique para trás?”