Submarino português Arpão esteve 50 dias debaixo de água no Mediterrâneo

Submarino ‘Arpão’ participou na operação SOPHIA da força naval da União Europeia EUNAVFOR MED. Durante a missão o ‘Arpão’ percorreu 6240 milhas náuticas e permaneceu submerso, com toda a guarnição, durante 50 dias.

Submarino da Marinha portuguesa, NRP Arpão
Submarino da Marinha portuguesa, NRP Arpão. Foto: ©Marinha

Depois de participar na operação SOPHIA da força naval da União Europeia EUNAVFOR MED, o submarino da Marinha portuguesa, o NRP Arpão, regressou, hoje, a base naval, em Lisboa, informou a Marinha.

Durante a missão o NRP Arpão percorreu 6240 milhas náuticas e esteve 50 dias em submerso, em que os períodos máximos, nesta missão, foram de 23 e 22 dias seguidos debaixo de água.

O submarino detetou 370 contactos, informações importantes nomeadamente no estabelecimento dos padrões de navegação, contribuindo desta forma para o combate às redes de tráfico de migrantes, combate ao tráfico ilegal de armas e de combustível, que atinge a região central do Mediterrâneo.

O submarino Arpão saiu de Lisboa a 2 de outubro, e durante toda da missão demonstrou ser um meio adequado para recolha de informações de forma discreta, numa área com as características da região do mediterrâneo central, devido à elevada tecnologia com que está equipado e ao profissionalismo da guarnição.

Durante a missão o NRP Arpão foi comandado pelo Capitão-tenente Paulo Henriques Frade, e contou com a guarnição composta de 8 oficiais, 13 sargentos e 13 praças.

Submarino da Marinha portuguesa, NRP Arpão
Submarino da Marinha portuguesa, NRP Arpão. Foto: © Marinha

A EUNAVFOR MED é uma força naval constituída por navios dos países da União Europeia (UE), que se encontra a executar uma operação de suporte ao Conselho da UE, no âmbito da Resolução 2240, de 2015, do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A missão EUNAVFOR MED tem como objetivo “contribuir para o desmantelamento do modelo de negócio das redes de introdução clandestina de migrantes e tráfico de pessoas na zona sul do Mediterrâneo central”.

O submarino Arpão foi lançado à água em 19 de junho de 2010 e entrou ao serviço em 22 de dezembro de 2010, possui uma construção modelar fácil de modernizar, com elevado nível de automatismo, uma guarnição de 33 tripulantes e numa autonomia de 60 dias.

Com um comprimento de 67, 9 metros, uma largura máxima de casco de 6,3 metros e uma altura de 13 metros. O submarino desloca cerca de 2020 toneladas em imersão e 1842 toneladas à superfície, atingindo uma velocidade máxima de 10 nós à superfície e o dobro quando imerso.

O NRP Arpão está otimizado para operar em espaços oceânicos profundos bem como em zonas litorais pouco profundos, possui grande capacidade de manobra e capacidade de controlo de cota a baixas velocidades. É um submarino indicado para patrulha oceânica, antissubmarina e antisuperfície, para vigilância da Zona Económica Exclusiva e recolha discreta de informações, entre muitas outras atividades.