Último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de situação sobre o surto de mpox em vários países indica que, nas últimas seis semanas, houve dez países em África a reportar transmissão comunitária de mpox, devido ao vírus da varíola dos macacos do subtipo Ib.
Entre os países que reportaram mpox a República Democrática do Congo continua a apresentar o maior número de casos confirmados de mpox em África em 2025. No entanto, têm surgido importantes lacunas de informação e de relatórios, em parte devido à redução da capacidade de teste e confirmação. Os subtipos Ia e Ib MPXV continuam a circular no país.
No Uganda verifica-se uma tendência decrescente nos casos confirmados, nas últimas semanas. No entanto, o país continua a enfrentar um grande surto, reportando cerca de 200 novos casos confirmados por semana.
Também o Burundi continua a observar menos de 50 novos casos confirmados por semana, abaixo dos mais de 200 casos confirmados por semana no pico do surto.
Ao contrário a Serra Leoa continua a reportar um aumento no número de casos confirmados de mpox observados nas últimas seis semanas, tendo sido reportados mais de 600 novos casos confirmados durante a semana mais recente, destacando o aumento da transmissão no país.
Os dados atualmente disponíveis indicam que na Serra Leoa o surto está a ocorrer principalmente entre jovens adultos em contextos urbanos, concentrados em Freetown e arredores. Antes deste aumento, apenas o subtipo IIb MPXV tinha sido detetado, mas o relatório indica que há esforços para realizar análises de sequenciação genómica para amostras mais recentes. Também, no país, está em curso uma missão da OMS para reforçar a resposta ao surto.
Fora de África, a Austrália reportou o primeiro caso de mpox devido ao subtipo Ib MPXV, associado a uma viagem à Tailândia. Até ao momento, a Tailândia apenas reportou casos de mpox relacionados com viagens devido ao subtipo Ib MPXV.
Nos países da Região Africana foram, até à data, administradas mais de 720.000 doses de vacinas contra o mpox MVA-BN, em sete países. De todas as doses, 81% foram administradas na República Democrática do Congo.
