
Na reunião informal do Conselho Europeu sobre defesa, a presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola defendeu que a Europa pode e deve fortalecer sua própria segurança e defesa, e afirmou os objetivos da Europa devem ser “mais ação, mais financiamento e mais cooperação”.
■ “Primeiro, precisamos de fazer mais para proteger a Europa”, disse a Presidente do PE, e argumentou: “A Rússia ainda pode produzir mais armas em três meses do que nós em doze. Precisamos fazer mais, muito mais, para aumentar a produção de defesa e aumentar nossa prontidão industrial de defesa. Podemos fazer tudo isso de uma forma que respeite as especificidades constitucionais dos Estados-Membros”. E especificou que “o melhor investimento na segurança europeia é investir na segurança da Ucrânia.”
■ “Em segundo lugar, precisamos fazer mais para financiar a proteção”, que no entender da Presidente do PE “investir em segurança não se trata apenas de proteção: trata-se de impulsionar a competitividade europeia, impulsionar o crescimento, criar empregos de alta qualificação e de qualidade e impulsionar avanços diários que melhoram a maneira como vivemos, trabalhamos e nos conectamos.”
O financiamento deverá ser público e mobilizar o privado, que Roberta Metsola considera “essencial”, e lembrou que o Parlamento Europeu há muito que enfatiza a necessidade de maximizar a capacidade do Banco Europeu de Investimento (BEI) “de alavancar financiamento privado para o setor de segurança e defesa.”
Para a Presidente do PE “o verdadeiro incentivo está em lidar com a fragmentação dentro dos nossos mercados. Regras, padrões e sistemas diferentes estão a colocar barreiras e correm o risco de nos segurar. Não faz sentido para a Europa ter 178 sistemas de armas diferentes, quando os Estados Unidos têm 30.”
■ “Terceiro, precisamos melhor coordenação”, pois, referiu a Presidente do PE, “a fragmentação custa-nos milhares de milhões: entre 25 e 75 mil milhões de euros são perdidos devido à duplicação e ineficiências. A resposta para isso está bem na nossa cara. Agora é a hora de avançar com um mercado único para defesa.”
Roberta Metsola concluiu afirmando: “A Europa deve ser responsável pela sua própria segurança. Ninguém mais fará isso por nós.”