Medicamento da BIAL para doença de Parkinson aprovado nos EUA

A Food and Drug Administration, EUA, emitiu autorização para uso e comercialização do medicamento ONGENTYS (Opicapona) da BIAL, O medicamento é destinado aos doentes com Parkinson, e vai ser disponibilizado pela Neurocrine Biosciences, Inc.

Medicamento da BIAL para doença de Parkinson aprovado nos EUA
Medicamento da BIAL para doença de Parkinson aprovado nos EUA. António Portela, CEO da BIAL. Foto: DR

O medicamento ONGENTYS (Opicapona), da farmacêutica portuguesa BIAL, foi aprovado pelo regulador do mercado farmacêutico norte-americano Food and Drug Administration (FDA). Uma aprovação que é essencial para quer os doentes nos EUA passem a ter acesso ao medicamento.

A BIAL Indicou que assinou com a farmacêutica Neurocrine Biosciences, Inc., em fevereiro de 2017, um contrato de licenciamento exclusivo para o desenvolvimento e comercialização na América do Norte da Opicapona. A Neurocrine perspetiva o lançamento da Opicapona nos EUA até ao final de 2020.

O medicamento resultado de investigação da BIAL, para a Doença de Parkinson, já se encontra aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos desde 2016, e encontra-se disponível no Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e Portugal. A BIAL indicou que perspetiva que entre 2020 e 2021, o medicamento possa vir a ser introduzido em outros países europeus, bem como no Japão e Coreia do Sul.

António Portela, CEO da BIAL, referiu que se sente “satisfeito por ultrapassar este grande marco para o ONGENTYS (Opicapona)”, e acrescentou: “Termos um segundo medicamento aprovado pelas autoridades regulamentares norte americanas é uma etapa muito relevante no reconhecimento do projeto de Investigação e Desenvolvimento da BIAL. Estamos muito motivados por poder, através do nosso parceiro nos EUA, a Neurocrine Biosciences, fazer chegar a todos os pacientes com Parkinson este nosso medicamento”.

A BIAL lembrou que tem centrado a sua atividade na Investigação e Desenvolvimento (I&D) de novos medicamentos, nomeadamente nas neurociências, e é até hoje a única farmacêutica portuguesa com produtos de investigação própria: um medicamento para a epilepsia e um antiparkinsoniano.

A farmacêutica possui mais de 15.000 novas moléculas sintetizadas, e aloca, em média, mais de 20% da sua faturação anual à I&D. No ranking “The 2019 EU Industrial R&D Investment Scoreboard” (dados referentes ao ano 2018), a BIAL foi a segunda empresa portuguesa com maior investimento em I&D, com 54 milhões de euros, ocupando a 395ª posição no ranking das 1000 empresas Europeias.

BIAL tem atualmente filiais em 9 países e vende os seus medicamentos em mais de 50, sobretudo da Europa, África e América. Os EUA representam já o primeiro mercado em vendas de farmácia para BIAL. Nos últimos 10 anos, o peso das vendas nos mercados internacionais tem sido crescente, representando hoje cerca de 75% do volume de negócios da empresa que em 2019 ultrapassou os 300 milhões de euros.