John Philip Sousa: um insigne luso-americano

Luso-americano, John Philip Sousa é uma das personagens de maior destaque na cultura e história norte-americana. Daniel Bastos vem, neste seu artigo, lembrar o autor de The Stars and Stripes Forever, marcha nacional dos EUA.

Daniel Bastos, Historiador e Escritor
Daniel Bastos, Historiador e Escritor. Foto: DR

No início do mês de março assinalaram-se os 91 anos do falecimento de John Philip Sousa, insigne compositor e maestro de banda luso-americano, do romantismo tardio, popularmente conhecido como “O Rei das Marchas”, como The Stars and Stripes Forever, marcha oficial dos Estados Unidos.

John Philip Sousa nasceu em Washington, a 6 de novembro de 1854, terceiro dos dez filhos do português João António Sousa e de uma austríaca, Marie Elisabeth Trinkaus, a sua precoce vocação musical levou a que ainda muito jovem se iniciasse nos estudos musicais, tocando violino, e aprendendo composição musical.

Em 1892, o musicógrafo luso-americano apresentou, em New Jersey, a sua própria banda, a “Sousa Band”, encetando um percurso musical fulgurante. Desde essa data até à década de 1930, realizou mais de quinze mil concertos, sendo que no ocaso do séc. XIX a sua banda representou os Estados Unidos da América na Exposição Universal de Paris.

John Philip de Sousa, autor de The Stars and Stripes Forever, marcha nacional dos EUA.

Antes em 1888, tinha já composto a marcha “Semper Fidelis” que foi adotada como marcha oficial do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América. A 14 de maio de 1897, em Filadélfia, no decurso da inauguração solene de uma estátua de George Washington, primeiro Presidente dos Estados Unidos da América, em que esteve presente o presidente norte-americano dessa época, William McKinley, foi tocada pela primeira vez em público a marcha intitulada The Stars and Stripes Forever (Estrelas e Barras para Sempre), considerada a obra-prima do luso-americano, e que mereceu as honras, por lei do Congresso dos Estados Unidos, de marcha nacional do país.

Afamado compositor e maestro, John Philip Sousa, escreveu também obras poéticas, de ficção, manuais, crónicas jornalísticas e uma autobiografia, tendo inclusivamente idealizado um instrumento de sopro da família dos metais, o Sousafone, uma tuba especial que o executante apoia no ombro para que possa executá-la enquanto anda ou marcha, e que é o maior dos instrumentos de sopro.

John Philip de Sousa, que faleceu no dia 6 de março de 1932, e foi sepultado com honras oficiais em Washington, no Cemitério do Congresso, é indubitavelmente uma das figuras luso-americanas de maior destaque na cultura e história norte-americana.

Autor: Daniel Bastos, Historiador e Escritor